domingo, 10 de maio de 2009

O financiamento dos partidos

Li ontem a crónica do Pedro Lomba no «i» sobre o financiamento dos partidos. O tema causa sempre polémica, percebe-se, mas não devia! A função dos partidos é essencial ao Estado de Direito, como é fundamental a informação das propostas políticas das forças partidárias. Se não for assim os eleitores não poderão ser devidamente informados, nem serão capazes de formular devidamente as suas opções, especialmente em alturas de eleições. É preciso ter em conta, além do mais, que o país não são apenas os grandes centros urbanos, existe também a necessidade de levar a informação a localidades onde vive quem não lê jornais nem vê o Professor Marcelo Rebelo de Sousa... Sem dinheiro não existem meios para informar eleitores, sem informação não existem votos conscientes, existem simpatias e militantes. O problema do financiamento dos partidos não passa assim pela diminuição ou aumento de montantes, mas pela definição de regras de transparência e pelo urgente trabalho para o merecimento desses financiamentos por parte dos agentes políticos, que as pessoas têm que sentir realmente interessados no desenvolvimento do país e não em encher os bolsos como tem acontecido. O centro do debate não deve estar assim na alteração dos financiamentos partidários, mas na alteração das práticas dos políticos portugueses que, tantas vezes, se afastam muito das razões pelas quais os elegemos.

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