terça-feira, 16 de junho de 2009

Para onde vamos?

A Justiça continua na ordem do dia. Assim não há mesmo maneira de convencer os portugueses sobre a idoneidade das instituições e seriedade das intenções de quem ocupa cargos de responsabilidade. Fátima Felgueiras foi condenada a 3 anos de prisão, valeu-lhe o novo Código Penal que lhe deu direito a pena suspensa. Agora a decisão, mal tomada quanto a mim, de retirar o filho a Ana Rita Leonardo, que entretanto decidiu entrar em greve de fome para constestar a decisão do tribunal de Cascais. Entretanto, ontem, Vitor Constâncio, que foi prestar contas à Comissão Parlamentar e não evitou um comportamento que não pode ser tolerado a quem ocupa cargos públicos, como é o de Governador do Banco de Portugal. Maria Belém foi branda, eu próprio não teria sido capaz de tolerar o estilo fanfarrão de Constâncio, que redundou numa falta de respeito pela Comissão Parlamentar e pelos portugueses.
Nos próximos capítulos, agora durante o Verão, esperem-se mais protestos dos accionistas do BP, desenvolvimentos sumarentos do BPN, especialmente agora, depois dos ataques abertos de Nuno Melo, e outras normais polémicas que vamos ter que levar para férias mesmo em época de fogos. Decididamente acho que prefiro seguir os resultados do Benfica. Sempre é melhor olhar para o que acontece no futebol do que para a trágica realidade do país. E mesmo a mim, Sportinguista de peito feito, que nunca pensei dizer isto, custa menos fazê-lo agora: Viva o Benfica!
Saudações Leoninas a todos!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Abstenções...

Várias figuras destacadas da sociedade portuguesa têm vindo a fazer uma autêntica campanha a favor da abstenção de voto, nas europeias do próximo dia 7 de Junho, como se isso fosse somar alguma coisa substantiva ao urgente debate sobre o Estado da Nação.
É verdade que a qualidade das lideranças em diversos sectores nacionais (não só política e banca!) nunca pareceu tão duvidosa aos olhos de quem, como a maioria de nós, tem que esforçar-se para sobreviver. Mas não será menos verdadeiro afirmar que os espectáculos como aquele de ontem, dado pelos advogados no programa "Prós e Contras" da RTP, não ajudam propriamente a meter água na fervura nacional relativamente à ideia que os portugueses se acostumaram a fazer sobre a falta de transparência das suas instituições.
Estamos ainda muito longe de ser o povo interessado e participativo que gostaríamos. Mas nunca esteve tão claro para mim que antes de mudarmos os outros podemos começar por mudar-nos. Se assim for, e entendendo que o voto é um instrumento fundamental em democracia, iremos votar no próximo dia 7 de Junho. Fá-lo-emos com a consciência plena de estarmos a mudar práticas que constituem obstáculos naturais para a sociedade baseada no mérito e responsabilidade absolutamente modelar que todos nós gostaríamos que fosse a portuguesa.