terça-feira, 12 de maio de 2009

Estado e fornecedores: Honrar compromissos deve ser a prática

Numa altura em que é pedida contenção nas despesas aos portugueses, designadamente no recurso ao crédito, é fundamental que venha do Estado um exemplo de seriedade absolutamente modelar que continua a tardar. O atraso sistemático dos pagamentos por parte do Estado, seja a particulares ou organizações, não é uma prática justa e que deva coadunar-se com a cobrança dos dinheiros que lhe são devidos, designadamente ao nível dos impostos. Se esta prática não se alterar, como tudo indica, não restarão aos portugueses senão os direitos de indignação e exigência (legítima!!) de outras práticas por parte do Estado português. Porque numa altura de contenção e rigor como esta que atravessamos, uma das maiores ajudas que o Estado pode proporcionar passará por honrar atempadamente os seus compromissos e deixar de contribuir, como tem feito, para uma asfixia que tem acabado inclusivamente por gerar falências ou, em última análise, justamente o recurso ao crédito...
Vivemos uma altura de crise global. Alturas como esta servem não só para deixar os desequílibrios ao nível da justiça social mais expostos mas (também!) para encontrarmos novas soluções que coloquem o país na direcção do desenvolvimento.

Sem comentários: